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Percy Jackson e os Olimpianos: A pior adaptação de todos os tempos

por Camila Jardim, 17 de ago. de 2010

Antes de mais nada preciso frisar que quando um livro vira filme é inevitável não existir comparações. Sem contar que é quase impossível o filme transmitir tudo, ou pelo menos tentar retratar fielmente a estória e atmosfera que um livro contém. Por essas e outras, Percy Jackson pode ser facilmente considerada a pior adaptação literária para o cinema de todos os tempos.

No filme: Percy é um garoto disléxico, que estuda em uma escola pública e tem como amigo Grover, que na verdade não é quem aparente ser. A aventura começa quando ele descobre ser filho de Poseidon, o Deus dos Mares, e é atacado por sua professora, que na verdade é um monstro. Tudo começa a se explicar quando entra pro acampamento meio-sangue e conhece os demais personagens. Aprende sobre sua origem e então sai em uma missão com dois amigos para achar sua mãe, que está no submundo, e para entrar lá precisam encontrar três pérolas mágicas.

Essa estória é completamente diferente do livro, na verdade podia ter outro nome, no máximo se vê algumas leves semelhanças. De fato, não é só a estória nova que incomoda, mas a descaracterização de todos os personagens aliada á falta de suspense e carisma de todo o elenco. É lastimável.

Apesar de Chris Columbus ser um grande diretor e ter no currículo Harry Potter e diversos clássicos, e ainda possuir um enorme talento pra roteirista com clássicos como: Gremlins e Os Goonies; em Percy Jackson ele foi completamente infeliz. Visando o lucro, Hollywood se perde nos efeitos especiais e nas carinhas bonitas, esquecendo todo o resto.

Não que Percy Jackson seja uma grande estória, mas é uma grande aventura, que possui fãs no mundo todo, e merecia um pouco de respeito como todas as obras literárias adaptadas deveriam ter. Nenhuma cena dura o bastante para semear o carisma.

O elenco não consegue incorporar os personagens, mas isso até dá pra entender, considerando que todos mudaram totalmente. Annabeth no livro na faixa dos 12 ou 13 anos, é interpretada por uma atriz de 20 e poucos nas costas. A ausência de Cronos e Clarisse, personagens essenciais para a continuação do longa deixa claro a intenção de não continuar com a franquia, o que os fãs agradecem.

A fotografia é totalmente artificial, com uma trilha sonora moderna demais pro tema que trata. O filme também deixa muito a desejar na retratação de toda a estória do Olimpo e seus Deuses, tratados no livro com tanta naturalidade e modernidade, e no filme como fantasmas e demônios de fogo. Uma verdadeira decepção.

Meras coincidências colocam Percy em comparação com Harry Potter, principalmente nos livros não devem ser por acaso. Na verdade soa como elogio e homenagem, e não como cópia. Três amigos, o corajoso, o fiel e desajeitado e a amiga inteligente, um boné da invisibilidade, devoção ao professor, e tantas outras bobagens que só fazem soar melhor.

O bom do longa super produzido é ter um vislumbre do que seria algo que você leu retratado em vídeo, mesmo sendo uma decepção é sempre bom ver a transição das folhas pras telas. Infelizmente é mais um que deixa a desejar. O suspense morre logo no início, os personagens são quase todos detestáveis, diálogos pobres e uma estória pra criança que não sabe ler ainda.

Uma pena, nas mãos do roteirista certo ou de uma produtora melhor, o filme certamente seria incrível. Mas se você nem liga pra isso e está procurando entretenimento sem conteúdo pode assistir que garante umas boas risadas amarelas.

Nota: 4/10


1 comentários:

Anônimo disse...

eu naum entendo como eles conseguiram desperdiçar uma história tão interessante. oh my lord

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