O que esperar de um filme, que tem como protagonista, um ator adolescente conhecido por suas comédias nerds, com o famoso tema da perda da virgindade e sua busca em perdê-la e claro com uma história idiota? Você pode esperar cenas absurdas um elenco de feras e uma estória tão besta que consegue ser ótima!
Nick Twisp (Michael Cera) é um jovem de 16 anos, virgem e viciado em sexo, ou pelo menos o que ele consegue ter sozinho. Após ir para uma viagem com sua exótica mãe e seu padrasto mau caráter e trambiqueiro, conhece Sheeni Saunders (Portia Doubleday) que conquista seu coração sem muito esforço, o fazendo cair de amores e ter a vontade de fazer de tudo pra ficar com ela. O que acontece é que ele volta pra sua cidade, e não pode sair de casa pois sua mãe usa um auxílio do governo, e sem o filho ela perde o direito de receber. Assim sua única alternativa é se tornar um garoto revoltado, e fazer de tudo pra ser expulso de casa e ir morar com o pai.
Miguel Arteta é o diretor do longa, tem no currículo apenas “Por um sentido na vida” com Jennifer Aniston. E mais uma vez faz um belíssimo trabalho, ganhando o telespectador nos detalhes. Já nos créditos os atores se transformam em massinha, divertido e despreocupado. Toda a montagem do filme é muito bem feita, com uma edição certeira que junto com a trilha sonora maravilhosa dita um ritimo e um clima delicioso. Com cenas sutis, com um toque de comédia mudo, em vez de música escandalosa, um silêncio absoluto quando algo absurdo acontece, o que provoca uma risadinha incontrolável, não gargalhadas, mas risadas.
O elenco tem como protagonista Michael Cera, que ainda interpreta um alter ego, Francois Dillinger, o jeito que o personagem encontra de transgredir as regras, aprontando todo tipo de absurdo. Pra alguns virou um novo herói. O problema é que ele consegue ser mais idiota que o próprio Nick, deixando a coisa mais engraçada.
Surgem diversos personagens durante a história, alguns famosos outros totalmente desconhecidos, mas todos adicionam um ingrediente diferente, transformando o longa no que se propõe. Quem conseguir assistir e captar todo o excentrismo e peculiaridade dos personagens e das cenas, certamente irá apreciar e se divertir.
O filme passa como uma brisa, é leve, tem situações absurdas tratadas com muita naturalidade, junto a Cera temos um belíssimo elenco de atores, e uma trilha sonora maravilhosa, que dita todo o clima independente do filme. Ele realmente cumpre o que propõe, e os clichês típicos de comédia romântica podem estar presentes mas não causam nenhum dano, pelo contrário, somam.
O alter ego François foi genial, e apesar de ter um tema tão comum consegue destoar pelos detalhes, pelo jeito que a trama é conduzida e pelo modo que a montagem é feita. Não esperem dar gargalhadas, nem chorar e nem aprender alguma moral. É simplesmente a história absurda e cheia de aventuras de um jovem querendo perder sua virgindade, e não conseguindo ficar perto da menina que ama, pois todo o universo conspira contra.Um filmaço sem pretensão, mas com uma alma gigantesca.
“Nick Twisp era suficiente”
Nota: 9/10
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