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Alice: Mais Que Um Conto De Fadas...

por johnny, 14 de ago. de 2010

Aos 145 anos, Alice está em todo lugar. De carona no blockbuster que Tim Burton preparou para a Disney, a história infantil criada em 1865 pelo escritor Lewis Carroll volta a marcar presença nas livrarias do país em um punhado de formatos e interpretações.

O fascínio que a obra de Lewis Carrol causa é imprescionante, mesmo depois de 145 anos da primeira publicação da sua obra mais conhecida. A saga da garota que despenca em um buraco no jardim e acorda em um mundo fantástico conquista jovens e adultos a cada geração.

Com pitadas de surrealismo e nonsense, Alice se mostra ainda hoje um tema contemporâneo e atraente, defende a professora de literatura da Universidade de São Paulo Maria dos Prazeres Mendes "'Alice no País das Maravilhas' é um clássico", categoriza Maria dos Prazeres, especializada em literatura infantil e juvenil. "[No livro] Carroll constrói uma linguagem inovadora, com marcas imensas de absurdo, que resgata a necessidade de uma adolescente em conhecer-se, adentrar a aventura da descoberta."

Para a professora, é partindo desse ponto comum a todos - a necessidade de se desvendar e entender - que a obra se mantém atraente para todas as gerações. "'Alice' não se equipara a contos de fadas. O efeito cômico, burlesco e popular, explicado em notas, continua atual e universal", garante.

Pop que remete ao clássico:

“É interessante ver que hoje há um caminho inverso ao que era percorrido anteriormente: agora, em vez de um filme ‘vir’ do livro, é o livro que tem seu apelo ressuscitado pelo cinema. Um bom exemplo é a trilogia cinematografica "O Senhor dos Anéis". A produção de Peter Jackson, sucesso estrondoso de público, fez subir as vendas das obras originais de J.R.R. Tolkien e, consequentemente, toda uma geração de leitores descobriram a literatura de uma das obras mais importantes e populares do século XX .

No mundo da música também não é diferente. Quando a banda de rock inglês The Police lançou sua obra prima "Synchronicity", baseado na obra de mesmo nome do psiquiatra austriaco Carl Gustav Jung, as vendas de sua obra aumentaram estrondosamente. A dupla inglesa Tears for Fears, com seu álbum de estréia " The Hurting (1983)", fortemente influenciado pelas teorias psicanalistas - principalmente a do grito primal - impulsionou as vendas das obras do psicanalista estadunidense Arthur Janov.

A obra de Caroll se mostra ainda atraente e contagiante. Com o sucesso do filme, boa parte devido aos talentos do diretor Tim Burtom e sua trupe inseparável - Johnny Depp, Helena Boham Carter e Danny Elfman (este último, responsável pelas trilhas sonoras dos longas de Burtom e autor de um dos maiores hits dos anos 80: "stay"), provavelmente a sua obra será ainda mais difundida, principalmente entre os jovens. O visual impactante do filme, com certeza, ajudará a dispertar a curiosidade de ler o que os olhos já se encantaram.


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